Por: Gabriellle Siebra
Fotos: Rafael Carvalho
A Universidade Estadual do Maranhão por meio da Agência Uema de Inovação, Empreendedorismo e Relações Institucionais – Marandu -, realizou na tarde de ontem (26), o Meetup “Cannabis Medicinal, uma agenda necessária?” para discutir sobre como a Cannabis Medicinal pode contribuir no tratamento de diversas condições de saúde.
Presentes no evento, o reitor da Uema, o professor Walter Canalles, foi o moderador do primeiro painel, que contou com o Dr. Douglas Martins, juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão, Dr. Davi Veras, Defensor Público da Saúde, a presidente da Organização Não Governamental Humanitas 360, Patrícia Villela Humanitas 360 e o Advogado Asafe Castro do Instituto Tricomas como componentes.
A utilização da cannabis medicinal tem sido alvo de muitas discussões dentro e fora do ambiente acadêmico. Seu uso tem sido associado a vários benefícios, especialmente no tratamento de doenças crônicas e graves, como câncer, esclerose múltipla e epilepsia, entre outras. No Brasil, a discussão em torno da cannabis medicinal tem crescido nos últimos anos, e muitos pacientes têm buscado na planta uma alternativa para aliviar seus sintomas.
“A importância de falar desse assunto instigante dentro do ambiente da Universidade é propiciar para aqueles que necessitam de estudos mais aprofundados, necessitam ter os efeitos das pesquisas, e da produção dos medicamentos necessários para doenças que podem apresentar melhora ao paciente com os estudos aprofundados da Cannabis, então evidentemente este é um assunto que faz com que a Universidade fique presente sempre no sentido de que seus pesquisadores possam adentrar nesse mundo e isso possa devidamente ser regulamentado para que as pesquisas possam fluir e a produção desses medicamentos possam ser distribuídas da maneira correta e de uma maneira que todos aqueles que precisam, possam ter acesso”, comentou o reitor da Universidade Estadual do Maranhão, professor Walter Canalles.
“O que faz as pessoas mudarem de ideia é o conhecimento. Conhecimento este que aqui é possível se proporcionar, por isso acredito que a Uema está de parabéns por acolher este debate. O conhecimento que a Uema pode proporcionar, que o meio acadêmico pode proporcionar é algo que podemos estar a frente de uma revolução no que se refere a Cannabis Medicinal que carrega ainda muito preconceito”, comenta Dr. Douglas Martins.
Durante o MeetUp, o público teve a oportunidade de assistir a dois painéis temáticos. O primeiro painel, intitulado “Os desafios legais de acesso à cannabis medicinal do Brasil”, abordou a legislação atual em relação à cannabis medicinal no país e os desafios enfrentados pelos pacientes para obter acesso à planta. Já o segundo painel, “Saúde, sociedade e cannabis medicinal”, discutiu os benefícios dela para a saúde e a importância da conscientização da sociedade sobre o tema.
O segundo painel contou com a presença dos seguintes painelistas: Dra. Thaís Vasconcelos, médica da Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa (SBEC), Dra. Ana Lúcia, médica veterinária com doutorado em Patologia e mãe de criança com TEA, Darly Machado, Conselheira da Criança e Adolescente em São Luís e mãe de jovem com TEA e a Dra. Sandra Freitas, Engenheira Química.