O coronavírus e os grupos de risco

Por: Omar Cortez Prado

Muito se têm falado no novo normal que surgirá na pós pandemia do covid19. Pelo que se tem percebido com a abertura de parte das atividades econômicas, entretanto, não haverá um novo normal tão propalado pelos entendidos, aliás, o que se vê hoje são entendidos para todos os lados, entendidos que nada entendem, mas quando surge a oportunidade de se postar diante das câmaras e com toda a pompa, passam a debulhar pseudos conhecimentos em economia, saúde, educação, costumes, etc.

Uma categoria de pessoas que foi estigmatizada como cobaia do covid19, esta sim terá um novo anormal que não se sabe a quantas vai ser possível sobreviver. Trata se das pessoas da terceira idade, com mais de sessenta anos, que foram logo apartados como grupo de risco, não se sabe ao certo se risco para si ou para os outros. Se tornaram rapidinho em hospedeiros e transmissores preferencial do vírus.

A terceira idade que vislumbrou nos últimos tempos um forte incremento na empregabilidade, como irá sobreviver perante uma sociedade extremamente cética?  Diante da presença de um idoso em qualquer ambiente com a presença, digamos, a partir de 10 pessoas, qualquer pigarro, espirro, tosse, que outrora nada significava para os interlocutores, provavelmente será interpretado agora como presença da peste.

Será que a volta ao trabalho será normal ou crucial para o grupo da terceira idade? Há pouco tempo uma categoria preferencial na hora da contratação, não se vê qualquer manifestação do poder público no sentido de estender sua rede de proteção aos que agora não vislumbram quaisquer boas perspectivas no futuro.