Antes de morrer, Clarice Lispector havia planejado vir ao Maranhão

Em manuscrito raro, datado de 20 de outubro de 1977, ela se refere a capital maranhense como “terra do grande Ferreira Gullar”

SÃO LUÍS – Um manuscrito de Clarice Lispector, de 1977, é revelado pelo biógrafo Benjamin Moser em sua mais nova obra, Clarice, — Uma biografia. Na carta que acredita-se ser a última escrita antes da sua morte, a autora responde a um convite de viagem para São Luís. Além disso, a publicação da Companhia das Letras também traz imagens inéditas da escritora.

Na carta, datada de 20 de outubro de 1977, ela se refere a capital maranhense como “terra do grande Ferreira Gullar”, escritor que morreu, aos 86 anos, em dezembro do ano passado em decorrência de uma pneumonia. Em depoimento a Moser, o poeta descreveu seu espanto ao vê-la pela primeira vez: “Seus olhos amendoados e verdes, as maçãs do rosto salientes, ela parecia uma loba — uma loba fascinante”.

No mesmo manuscrito em que menciona São Luís, ela relata seus problemas de saúde, mas afirma “estar quase boa”. Poucos dias depois, porém, ela foi internada e morreu em dezembro do mesmo ano em que a carta foi escrita.

Carta escrita por Clarice

Clarice, — Uma biografia, que traz a carta, chega às livrarias na próxima quarta-feira (1º). Em entrevista ao O Globo, Moser disse que quando se trata de uma pessoa muito conhecida, como a Clarice Lispector, é sempre difícil encontrar coisas novas. “Mas eu achava importante publicar essas cartas e manuscritos nessa nova edição para mostrar que nem tudo foi visto, ainda há muita coisa por aí. Estava trabalhando havia vários meses na nova edição, agora só quero ver o livro renascer”, conta.

Além da carta de 1977, outro manuscrito de destaque na publicação é um fragmento deixado com uma marca de batom da própria escritora à amiga Olga Borelli. Na capa da publicação, mais novidade: sai a imagem icônica de Clarice com a máquina de escrever no sofá (registrada por Claudia Andujar em 1961) e entra um outro clique, da época em que a escritora vivia em Washington, no início dos anos 1950.

Acolhedeira lança Portfólio Institucional e Cartilha do Acolhido

A Associação Cultural de Pesquisa e Saúde com Cannabis – ACOLHEDEIRA – anuncia com orgulho o lançamento de seu Portfólio Institucional e da Cartilha do Acolhido, materiais que formalizam e apresentam sua trajetória, missão, princípios e atuação em prol do acesso seguro e democrático à Cannabis medicinal no Maranhão.

Fundada e conduzida por mães e mulheres comprometidas com o direito à saúde e à informação, a Acolhedeira surge como uma organização pioneira, apartidária e sem fins lucrativos, dedicada ao acolhimento de pacientes em tratamento com canabinoides e à produção de conhecimento científico sobre o uso terapêutico da Cannabis sativa L..

Além de destacar sua estrutura organizacional e os projetos de pesquisa e acolhimento, o Portfólio detalha os desafios enfrentados por pacientes e associações no cenário brasileiro, marcado por insegurança jurídica, e aponta caminhos para a regulamentação e democratização do acesso ao tratamento com canabinoides.

A Cartilha do Acolhido, por sua vez, é uma ferramenta prática, que orienta novos associados sobre as etapas do acolhimento, os direitos assegurados, cuidados com o uso medicinal e informações importantes sobre a atuação ética e responsável da entidade.

A Acolhedeira reafirma seu compromisso com a saúde, a ciência e a cidadania, e segue mobilizando agentes sociais, universidades e poder público para garantir que pacientes de todas as condições e classes sociais tenham acesso seguro e humanizado ao tratamento com Cannabis.

Para saber mais sobre a Acolhedeira, acesse nossas redes sociais ou entre em contato com a equipe de acolhimento.

BAIXE E CONFIRA

Portfolio da Acolhedeira
Cartilha do Acolhido 

SESI Maranhão brilha no torneio de robótica e garante dez vagas para o nacional

Competição histórica reuniu mais de 6 mil pessoas e classificou 16 equipes para o Festival SESI de Educação, em Brasília
Publipost/SESI-MA

17/02/2025 às 09h18
Centenas de pessoas acompanharam de perto o Torneio SESI de Robótica. (Foto: Divulgação/SESI-MA)
Centenas de pessoas acompanharam de perto o Torneio SESI de Robótica. (Foto: Divulgação/SESI-MA)
SÃO LUÍS – O Maranhão fez história no mundo da robótica educacional com o Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League Challenge (FLL) – Regional Maranhão, o maior do Brasil, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI-MA), nos dias 15 e 16 de fevereiro, em São Luís. O evento reuniu mais de 6 mil pessoas, entre elas 1500 competidores de dez estados. Ao todo, 16 equipes garantiram vaga para o Festival SESI de Educação, que acontecerá em Brasília, em março. Dez delas são do Maranhão.

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Na FLL (First Lego League), seis equipes do estado se destacaram e carimbaram o passaporte para o nacional. Três delas são da Escola SESI São Luís (Unimate, Gipsy Danger, Dracarys) e uma da Escola SESI Imperatriz, a Robotic’s Angels. Além delas, duas equipes do projeto Prototipando Sonhos vão para Brasília: a equipe de garagem Quanta; e a Fídia, de Paço do Lumiar.

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Equipe Unimate, da Escola SESI São Luís, foi a primeira colocada no Torneio SESI de Robótica e garantiu vaga para o torneio nacional em Brasília. (Foto: Divulgação/SESI-MA)
Equipe Unimate, da Escola SESI São Luís, foi a primeira colocada no Torneio SESI de Robótica e garantiu vaga para o torneio nacional em Brasília. (Foto: Divulgação/SESI-MA)
Entre as equipes do SESI-MA, a Gipsy Danger se destacou nacionalmente ao alcançar a segunda maior pontuação do Brasil na categoria “Desafio do Robô”: 560 pontos. Os alunos desenvolveram um projeto inovador denominado FIND, que utiliza machine learning para monitorar espécies exóticas nos oceanos, contribuindo para a preservação da biodiversidade. “Estamos muito felizes por demonstrar nosso esforço e conquistar esse resultado”, comemorou Karen, integrante da Gipsy Danger.

Já na F1 in Schools, quatro escuderias do Maranhão aceleram rumo ao nacional com seus mini carros de Fórmula 1. A equipe Pugnator, bicampeã do regional, lidera a delegação maranhense, que conta ainda com as escuderias Spartacus, Ragnar e Lipima. Esta última, composta somente por mulheres, fará história ao ser a primeira equipe feminina do estado a competir no nacional de F1. “Estamos muito empolgadas, prontas para fazer um trabalho melhor ainda e conquistar, muito mais, no torneio nacional”, declarou Ester Holanda, aluna da equipe.

Equipe Pugnator, da Escola SESI São Luís, ganhou o Torneio F1 in Schools e garantiu vaga para torneio nacional em Brasília, em março. (Foto: Divulgação/SESI)
Equipe Pugnator, da Escola SESI São Luís, ganhou o Torneio F1 in Schools e garantiu vaga para torneio nacional em Brasília, em março. (Foto: Divulgação/SESI)
Luiza Camões, aluna campeã da escuderia Pugnator, da F1, expressou sua felicidade pela conquista. “Estamos muito felizes por representar o Maranhão no nacional e por termos conquistado três prêmios. Foram oito meses de muito esforço, e a vitória não é só nossa, mas também dos nossos patrocinadores, que nos apoiaram durante todo o processo”, afirmou.

Competidores dos outros estados classificados também comemoraram as vagas para o evento de Brasília. Pedro Henrique Silva, da equipe SESI LEGO Team, de Parnaíba (PI), não escondeu a felicidade pela classificação inédita do estado para o campeonato nacional da FLL. “Estou muito feliz! Foi um processo cansativo, mas valeu a pena. Minha equipe trabalhou duro, todos os dias, das 6h da manhã às 9h da noite,” destacou Pedro.

Já Maria Luísa, integrante da equipe Tech Vikings, do MS, celebrou a conquista da vaga para o nacional: “Trabalhamos muito para isso e agora vamos representar o nosso estado,” destacou com emoção.

Equipe Tucuna, de Tocantins, levou o 1º lugar na categoria geral e garantiu vaga para o nacional. (Foto: Divulgação/SESI)
Equipe Tucuna, de Tocantins, levou o 1º lugar na categoria geral e garantiu vaga para o nacional. (Foto: Divulgação/SESI)
ROBÓTICA DE REFERÊNCIA – Durante o encerramento, o superintendente de Educação do SESI Nacional, Wisley Pereira, elogiou a grandiosidade do evento e parabenizou o Maranhão por sediar o maior regional de robótica do país. “Vocês estão fazendo história no Maranhão”, afirmou.

O presidente da FIEMA e diretor regional do SESI, Edilson Baldez, ressaltou que os preparativos para o campeonato de 2026 já começam hoje. (Foto: Divulgação/SESI)
O presidente da FIEMA e diretor regional do SESI, Edilson Baldez, ressaltou que os preparativos para o campeonato de 2026 já começam hoje. (Foto: Divulgação/SESI)
O presidente da FIEMA e diretor regional do SESI, Edilson Baldez, celebrou o sucesso do torneio e agradeceu a todos os envolvidos na realização do evento. “O próximo ano já começa hoje”, declarou, reforçando o compromisso com a continuidade do projeto.

No encerramento do Torneio de Robótica, o superintendente regional do SESI-MA, Diogo Lima, parabenizou os alunos classificados para o nacional, destacando que todos os competidores são vitoriosos por participarem do maior regional do país. “Esse torneio é uma celebração de alegria e aprendizado, onde vencer vai muito além de uma classificação. Aqui, aprendemos a nos divertir enquanto criamos e inovamos”, afirmou.

Superintendente do SESI-MA, Diogo Lima, agradeceu a todos os parceiros que contribuíram para a realização do maior torneio regional do Brasil. (Foto: Divulgação/SESI)
Superintendente do SESI-MA, Diogo Lima, agradeceu a todos os parceiros que contribuíram para a realização do maior torneio regional do Brasil. (Foto: Divulgação/SESI)
Diogo ainda reforçou o trabalho do SESI Maranhão com o projeto “SESI Prototipando Sonhos”, que inclui alunos de escolas públicas no mundo da robótica, a exemplo das equipes que irão agora para o nacional.

O projeto “Prototipando Sonhos” do SESI-MA é o maior programa de robótica em escolas públicas do Brasil, alcançando mais de 300 estudantes de 26 municípios maranhenses. Desde sua criação em 2022, a iniciativa tem democratizado o acesso à tecnologia, levando laboratórios móveis de robótica a comunidades carentes e preparando os alunos para competições nacionais, além de promover habilidades técnicas e de trabalho em equipe. O projeto conta com o apoio do Governo do Maranhão, por meio da FAPEMA.

O Torneio SESI de Robótica é realizado pelo SESI e FIEMA, com a correalização do Sebrae, FAPEMA, F1 in Schools e FIRST® LEGO® League Challenge (FLL). O evento conta com o patrocínio de Eneva, Solar Coca-Cola e Vale, e o apoio de Água Viva, COMAC, Expo Infageek, IEL, Kart São Luís, Louvre Magazine, O Boticário, Playcar, Rosa Branca, Sindipan, Sesc, SENAI e Terra Zoo. A organização é do SESI Casarão da Indústria, com o patrocínio oficial via Lei de Incentivo à Cultura do Grupo Mateus, Pulse, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e a Secretaria da Cultura do Estado do Maranhão (SECMA).

Torneio foi prestigiado por mais de 5 mil pessoas, no Multicenter Negócios e Eventos. (Foto: Divulgação/SESI)
Torneio foi prestigiado por mais de 5 mil pessoas, no Multicenter Negócios e Eventos. (Foto: Divulgação/SESI)
Ranking:

FLL

UNIMATE – Escola SESI São Luís (MA)
GIPSY DANGER – Escola SESI São Luís (MA)
DRACARYS – Escola SESI São Luís (MA)
ROBOTIC’S ANGELS – Escola SESI Imperatriz (MA)
TUCUNA – Escola SESI Araguaína (TO)
SESI LEGO TEAM – Escola SESI Parnaíba (PI)
TECH VIKINGS – Escola SESI Naviraí (MS)
QUANTA – Projeto SESI Prototipando – Equipe de garagem (MA)
FÍDIA – Projeto SESI Prototipando – Paço do Lumiar (MA)
TECHLOBOS – Escola pública (AL)
TECHCOE – Escola SESI Sergipe (SE)
LEGO EXPLORERS – Escola pública (PB)
F1 in Schools

1º lugar: Pugnator (bicampeã) – (MA)
2º lugar: Spartacus – (MA)
3º lugar: Ragnar – (MA)
4º lugar: Lipima – (MA)

Complexo de inferioridade ou submissão

Complexo de inferioridade ou auto submissão

Há uns três anos presenciei uma entrevista numa TV local, um cidadão se dizendo representante de um tal de Bureau Turistico, detonando a industria da dança em nossa cidade e ao mesmo tempo dando uma tremenda puxada de saco do poder público em nome da duplicaçao da BR 135, como algo novo e extraordinário. Ora, a duplicaçao da BR 135 foi realizada na década de 80, durante o período temporal de duas gestões estaduais. Foram 25 kilometros começando no kilometro 01 no bairro do Tirirical até a passagem do Estreito dos Mosquitos, 25 kilometros depois, contando ainda com um ramal na saída da barragem do bacanga, cruzando com o ramal principal na altura da penitenciária de Pedrinhas. Algus dias depois da entrevista, não foi surpresa quando cheguei no Shoping da Ilha para assistir a semana maranhense de dança e lá enc0ntrar 25 escolas de dança representadas naquele importante festival cultural da nossa terra. Surpreendi-me apenas quanto nosso rico acervo naquela espécie de cultura. Fiquei muito indignado com aquela manifestação de arrogâncias e inveja do nosso rico acervo cultural e me perguntei? E aquele ENORME ARQUIVO em forma de reportagens, da nossa riqueza cultural que mantenho com muito cuidado a muitos anos, nada representa?. São mais de cem grupos de samba/pagode, mais de cem grupos de choro, em torno de trinta grupos de rock autoral engendrados na kasa Loka, no bairro cohatrac, inumeros grupos de dança, cantores e cantoras em número de mais de duzentos, nossa beleza representada por mais de 30 modelos em atuaçao no resto do mundo. Nossa academia de letras é apenas 12 anos mais nova do que a pioneira academia brasileira de letras, invejável a movimentação cultural da Amei com incentivo aos nossos intelectuais e lançamentos de inúmeras obras e da Biblioteca Estadual Benedito Leite, esta com mais de 150 obras inéditas de escritores maranhanses lançadas nos últimos três anos. Há aproximadamente cinco anos, o programa de televisão da apresentadora Regina Casé, apresentou o nosso boi da Liberdade, um cantor de regae de Brasília que tinha passado um período em São Luís se aperfeiçoando na música caribenha e a cantora Alcione. Na ocasião a Marron informou que o nosso rico acervo tinha mais de 450 atividades culturais diversificadas com registro na secretaria de cultura do estado do maranhão. Ciências, robótica, univima, pesquisas científicas, esportes, notadamente o amador. Esse é o nosso atacado, vamos encerrar provisoriamente aqui e continuar nas próximas postagens os assuntos no varejo, que serão inúmeros, milhares. Pretendemos entrevistar pessoas ligadas aos diversos segmentos culturais para se fazer divulgar de maneira lícita as nossas milhares de realizações

Um marco histórico para a saúde pública no Brasil!

A 7ª edição da Farmacopeia Brasileira, prevista para dezembro de 2024, trará a inclusão da monografia para as inflorescências femininas secas de Cannabis sativa L., um passo importante no reconhecimento do uso terapêutico dessa planta de uso ancestral e popular.

A Farmacopeia Brasileira é o compêndio oficial que define os padrões mínimos de qualidade, autenticidade e pureza para insumos farmacêuticos, medicamentos e produtos sujeitos à vigilância sanitária. As monografias são documentos essenciais que orientam o controle de qualidade de matérias-primas e produtos acabados, garantindo eficácia e segurança.

A monografia da Cannabis, fruto do doutorado da servidora da ANVISA Maíra Ribeiro de Souza na UFRGS, estabelece critérios técnicos para a produção de medicamentos derivados da planta.

E o cultivo no Brasil?
Apesar desse contexto, o cultivo de Cannabis ainda é restrito. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a União desenvolva, nos próximos meses, uma regulamentação coordenada para o plantio de Cannabis sativa L. com teor de THC inferior a 0,3%, destinado a fins medicinais e farmacêuticos.

A inclusão da inflorescência de Cannabis na Farmacopeia Brasileira reforça seu papel como um instrumento de promoção da saúde pública, da ciência e da confiança no uso terapêutico de plantas medicinais. É um marco que aproxima o Brasil de uma abordagem inclusiva e baseada em evidências científicas.

#Acolhedeira #acolhedeiranews #CannabisMedicinal #FarmacopeiaBrasileira #Ciência #SaúdePública

ANVISA aprova nova regulamentação para produtos de Cannabis na medicina veterinária!

Na última quarta-feira (30), a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária deu um passo importante para a medicina veterinária no Brasil. A medida aprovada permite que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) regularize produtos veterinários à base da planta Cannabis sativa L.

Essa medida representa segurança para os veterinários prescreverem canabinoides terapêuticos derivados da santa plantinha. A regulamentação inclui a adição de produtos nas listas de substâncias controladas da Portaria 344/1998 e estabelece rigoroso controle das prescrições, assegurando um uso estritamente terapêutico.

A Resolução será publicada no Diário Oficial, oficializando a regulamentação e garantindo mais opções de saúde para os pets, de forma segura e regulamentada.

Casa de Apoio Ninar ultrapassa 1 milhão de atendimentos na rede estadual de saúde

Entregue em 2017 pelo Governo do Maranhão, o equipamento contabilizou 31.878 atendimentos do Projeto ABA, beneficiando crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) assistidas na Casa.

A Casa de Apoio Ninar, unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), já executou 1.007.968 atendimentos. Entregue em 2017 pelo Governo do Maranhão, o equipamento contabilizou 31.878 atendimentos do Projeto ABA, beneficiando crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) assistidas na Casa.

“A Casa de Apoio Ninar é um dos serviços que mais traz orgulho para o Governo do Estado. Aqui atendemos diariamente as necessidades das crianças e de suas respectivas famílias, prestando apoio com zelo e sensibilidade, garantindo um acolhimento que atenda às demandas específicas de cada paciente”, afirmou a superintendente de Assistência à Saúde da SES, Luciana Albuquerque.

Somente em 2023, foram 194.810 atendimentos realizados, entre consultas médicas, multidisciplinares, de reabilitação em múltiplas deficiências, desenvolvimento neuropsicomotor, oftalmologia, entre outros. Em 2024, até outubro, foram 155.490 atendimentos feitos.

O equipamento referência da SES também presta assistência a crianças da capital e do interior, diagnosticadas com Síndrome de Down, Microcefalia decorrente do Zika vírus, Epidermólise Bolhosa e Epilepsia de Difícil Controle. O suporte multiprofissional conta com atendimento ambulatorial em pediatria, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e assistência social.

Dalete Machado Leite dos Santos, de 34 anos, é mãe do Efraim Machado dos Santos, de 4 anos. A criança recebeu diagnóstico para TEA, com nível 1 de suporte, e desde maio deste ano vem recebendo assistência especializada na Casa de Apoio Ninar.

“Além daqui ele também recebe atendimentos no Juvêncio Mattos e tanto lá como aqui os cuidados dos médicos, das médicas, todos são super atenciosos, simpáticos e educados. O tratamento em si é muito eficaz. A gente percebe o esmero de todos visando o bem das crianças”, compartilhou Dalete.

Soraya Pereira, de 37 anos, acompanha o filho Heitor Pereira, de 4 anos, também diagnosticado com Autismo nível 1 de suporte, e que está fechando investigação na Casa de Apoio Ninar para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “Já está com uns quatro meses que ele começou a receber atendimento aqui, e o que posso dizer é que os profissionais são excelentes. A principal melhora do Heitor foi na socialização, porque ele é muito seletivo, e também houve mudança na questão da fala”.

Além do tratamento medicamentoso e multiprofissional oferecido aos pacientes, a Casa de Apoio Ninar disponibiliza suporte às famílias.

“Inicialmente a Casa de Apoio começou com um projeto para crianças de microcefalia e hoje, mediante a diversidade das patologias, das síndromes raras que vem acometendo a nossa sociedade, ela atende um nicho muito maior de crianças. Logo, aqui a gente traz essa inclusão e momento de escuta, porque o que queremos é fazer a diferença na vida e na qualidade do dia a dia dessas crianças”, afirmou a diretora administrativa da Casa de Apoio Ninar, Danielle Falcão.

Dia das Crianças

Nesta terça-feira (15), Casa de Apoio Ninar celebrou o Dia da Criança com direito a doces, brincadeiras com piscina de bolinha, pula-pula, além de show artístico com mágico. O objetivo foi promover um momento de diversão aos pacientes e seus familiares, assegurando o direito ao lazer e saúde em um só espaço.

Cannabis é usada em tratamentos de crianças com microcefalia no Maranhão

O uso do canabidiol, óleo extraído da Cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, tem recuperado crianças com microcefalia atendidas na Casa de Apoio Ninar

Muitos pais e mães de crianças atingidas pelo vírus cognitivo do Zika vírus (microcefalia) no Maranhão têm depositado suas esperanças em um novo medicamento que vem dando resultados surpreendentes e sem nenhum efeito colateral, que alguns ainda sofrerão por conta de um tratamento anterior à base de fortes medicamentos. Bejamin, de 2 anos, é uma dessas crianças que passaram a usar o canabidiol (CBD), óleo extraído da planta Cannabis sativa (maconha), há sete meses, o qual teve resultados positivos no desenvolvimento do seu sistema neurológico.

O pai de Bejamin, o produtor cultural Dayyan Moreira Batista Brandão, fala com entusiasmo que tem depositado sua esperança na recuperação do filho, principalmente depois que ele passou a usar o CBD. “Além dos efeitos serem mínimos, a eficácia do canabidiol é muito maior que os outros medicamentos. O Bejamin passou por todos esses remédios, e não fez o efeito pretendido. Na verdade, os medicamentos não conseguiram controlar as crises da forma que a neuropediatra esperava.”

O paciente que utiliza tratamento à base de canabidiol assina um termo de consentimento onde conste que optou pelo tratamento com o CBD, embora tenha sido informado de outros tratamentos. É desta forma que o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem feito a avaliação da segurança sobre os efeitos colaterais do medicamento. O órgão também conta com os relatórios que os médicos enviam ao Conselho.

Pela avaliação do pai de Bajamim, que passou pelos dois tratamentos, não há dúvida de que os efeitos colaterais do CBD são menos devastadores que dos outros medicamentos, além dos excelentes resultados. “Infelizmente, como a crise dessas crianças que têm a síndrome do vírus cognitivo do Zika vírus é de difícil controle, o Bejamim passou por vários outros medicamentos como Keppra, Trileptal, Topiramato e Gardenal, que é o único que ele continua usando, juntamente com o canabidiol, único que até agora apresentou resultados”.

Dayyan espera retirar também o Gardenal do tratamento do seu filho, deixando somente o canabidiol. “Porque os efeitos colaterais do canabidiol são somente sonolência e fome. São mínimos em comparação aos medicamentos que eu mencionei e que têm efeitos colaterais devastadores para o desenvolvimento dessas crianças. Efeitos colaterais que vão atingir o fígado, os pâncreas, os rins quando estiverem com 10, 15 anos.”

Resultado rápido com o uso da Cannabis

A mesma esperança tem alimentado a professora Ana Arruda Santos, de 26 anos, mãe de J.G.A.N, de 1 ano e 7 sete meses, que tem o mesmo diagnóstico de Bejamin. O filho de Ana começou o tratamento com o CBD há cerca de dois meses, e ela já está vendo os resultados por meio dos exames de eletroencefalograma. “Agente ainda não percebe a olho nu, mas o exame de eletroencefalograma tem mostrado resultados positivos. Isso, de certa forma, amima a gente”, explica Ana, que tem somente um receio: “…A gente fica preocupado, pois é um tratamento que de repente pode acabar, ou se tornar muito caro, por conta da legislação brasileira. A qualquer momento, um órgão destes pode impedir o recebimento do canabidiol e vamos ter que importá-lo, pois o custo sairia alto”.

Os filhos de Dayyan Moreira Batista Brandão e Ana Arruda Santos são atendidos pelo Projeto Casa de Apoio Ninar, do governo do estado, que amplia o atendimento realizado no Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), em todo o estado. A parceria com a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), sediada em João Pessoa (PE), que em novembro de 2017 teve autorização da Justiça Federal para cultivar e manipular a Cannabis sativa, foi a única maneira pela qual a Casa de Apoio Ninar pôde trazer o tratamento com o uso do CBD para as crianças com microcefalia no estado do Maranhão. Senão, teria que importá-lo, o que ficaria danoso para os cofres públicos, como lembrou a professora Ana Arruda, mãe de J.G.A.N.

A Abrace, única associação com esse direito no Brasil, distribui hoje extrato para cerca de 600 pacientes em todo o Brasil. Demanda que cresce em todos os novos tratamentos com canabidiol para doenças como Parkinson, epilepsia, esquizofrenia, câncer cerebral, paralisia cerebral, hidrocefalia, convulsões, ansiedade, Estresse, Tumores, Metástases, entre outras.

Aprovação da Anvisa e do CFM

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 2015, por unanimidade, a reclassificação do canabidiol (CBD) como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida. O entendimento dos diretores foi fundamentado nas indicações técnicas de que a substância, isoladamente, não está associada a evidências de dependência, ao mesmo tempo em que diversos estudos científicos recentes têm apontado para possibilidade de uso terapêutico do CBD.

Os diretores ressaltaram que a reclassificação abre caminho para que as famílias que fazem uso do canabidiol não continuem a agir na ilegalidade, além da possibilidade para mais pesquisas. Para o diretor-presidente da Anvisa, Jaime Oliveira, a decisão foi importante porque coloca em discussão técnica/científica um assunto que pode ser influenciado por outras questões da sociedade. “Ficou esclarecido na reunião que esse assunto não pode ser extrapolado para outras discussões que existem sobre o uso da Cannabis”, disse na época.

O presidente do Conselho de Medicina do Maranhão, Abdon Murad, que também é membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), falou que o uso do canabidiol foi aprovado para uso somente medicinal, alertando a sociedade sobre quais profissionais da área da saúde podem prescrevê-lo. “Nós aprovamos lá no CFM uma resolução, destacando tudo que tem de importante do canabidiol, com o apoio do Conselho Federal e também de todas as Regionais. O canabidiol é uma partícula apenas, não se extrai da folha, tem que ter um tratamento químico para fazer isso. E a partir daí, é usado em crianças e adolescentes que têm convulsão”, confirmou o médico, ressaltando um detalhe: “…apenas psiquiatras e neurologistas podem prescrever seu uso. Essa é a recomendação do Conselho Federal”, alerta o Dr. Abdon Murad.

Efeitos colaterais do uso da Cannabis, segundo a psicologia

Quanto a uma possível dependência ou surto psicótico do uso dos extratos da Cannabis sativa, como o THC, o psicólogo e ex-professor do Ceuma (MA), Sandro Rodrigues, que é doutor em Psicologia com tese publicada sobre o ‘Uso de Psicoativos na Saúde Mental’, alerta os novos psicólogos e psiquiatras e o próprio Conselho de Psicologia para uma nova compreensão e desafio no tratamento destes pacientes usuários de psicoativos. “A psicologia está deixando de lado um campo que deveria lhe interessar profundamente, que é a experiência subjetiva dos usuários de psicodélicos, inclusive, da maconha. Afinal, a preocupação da pureza do CBD advém, sobretudo, do medo das possíveis consequências psicológicas da ingestão do THC. Será que meu filho vai ficar ‘doidão’? Será que ele vai ficar viciado? Será que esse uso não vai desencadear em uma crise psicótica? São medos advindos da compreensão dos fatos psicológicos e ambientais na determinação da qualidade da experiência dos usuários de psicodélicos”, eexplica.

Sandro é membro da Associação Psicodélica do Brasil (APB) e está trabalhando atualmente na elaboração de dois artigos, um sobre os “Efeitos da música em estado de transe, experimentado nos rituais do Santo Daime”, e o segundo, em parceria com o psicólogo Fernando Bezerra e o advogado Emílio Figueiredo, sobre “Psicodélicos e Liberdade Cognitiva”, este último impulsionado pelo posicionamento oficial do Conselho Federal de Psicologia a respeito do assunto.

Para ele, os psicólogos que se voltam para o exercício da transformação social, para o questionamento das injustiças, pela defesa da autonomia e cidadania, acabam restringindo a sua relação com os psicofármacos à denúncia da medicalização dos tratamentos.

“Os profissionais de psicologia precisam se qualificar para o acompanhamento de usuários de psicodélicos, pois é isso que a gente está buscando, com esses artigos. Este é o debate que a gente está querendo fomentar com uma postura coerente com esta histórica de Defesa dos Direitos Humanos. Mais é preciso ainda que o Conselho Federal de Psicologia se posicione em defesa ao direito a uma gestão autônoma de psicodélicos”, acrescenta.

A APB não é formada somente por psicólogos, mas advogados e demais profissionais que vêm chamando a atenção dos Conselhos, pois muitos profissionais da psicologia estão se formando e estudando esta perspectiva que, segundo Sandro, “seja a mais avançada do que a perspectiva hegemônica da indústria farmacêutica e da psicofarmacologia”, finaliza.
Direitos ao cultivo da Cannabis

“No Brasil, há uma demanda social pelo uso da Cannabis como ferramenta terapêutica desde 2014. Com uma organização cada vez maior e mais sofisticada. A Anvisa desde 2015 reconhece o uso de substâncias obtidas da Cannabis em prol da saúde, tanto o THC, quanto CBD, para tanto ela edita resoluções regulamentando os procedimentos”, explica Emílio Figueiredo, advogado da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Droga, que vem defendendo desde 2015, em todo o Brasil, o plantio para uso medicinal às associações e famílias com pacientes que usam o CBD em seu tratamento. “Mais recentemente, há uma demanda pelo cultivo de Cannabis para preparo do óleo (CBD). Várias famílias e pessoas hoje no Brasil têm o salvo-conduto para cultivar em casa. E há, em João Pessoa, uma associação autorizada pela Justiça a cultivar a Cannabis e preparar o óleo para seus associados (Abrace).”

Emílio Figueiredo foi autor da tese jurídica usada pela Abrace para ter o direito de cultivar a Cannabis sativa e fornecer o canabidiol a seus associados. A questão é que o Brasil não pode produzir, porque não é permitido cultivar a planta. “Ainda não há previsão na legislação brasileira para produção. O que há é o reconhecimento do Judiciário do direito de pessoas e famílias cultivarem para uso terapêutico”, questiona Figueiredo, que disse que o Brasil ainda precisa definir sobre a política de droga que vai adotar no país.

O Reencontro

Leonel Brizola retornando do exilio em 1979, desceu no aeroporto do galeão no Rio de JJaneiro e uma repórter se aproximou e mandou a pergunta provocante :  é verdade que o sr saiu do Brasil disfarçado vestido de mulher? resposta contundente : é verdade sim, inclusive eu estsva vestido com suas Calcinhas, respondeu com tom arrastado características próprias suas

Uema reúne autoridades especializadas para o Meetup sobre Cannabis Medicinal

Por: Gabriellle Siebra
Fotos: Rafael Carvalho

A Universidade Estadual do Maranhão por meio da Agência Uema de Inovação, Empreendedorismo e Relações Institucionais – Marandu -, realizou na tarde de ontem (26), o Meetup “Cannabis Medicinal, uma agenda necessária?” para discutir sobre como a Cannabis Medicinal pode contribuir no tratamento de diversas condições de saúde.

Presentes no evento, o reitor da Uema, o professor Walter Canalles, foi o moderador do primeiro painel, que contou com o Dr. Douglas Martins, juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão, Dr. Davi Veras, Defensor Público da Saúde, a presidente da Organização Não Governamental Humanitas 360, Patrícia Villela Humanitas 360 e o Advogado Asafe Castro do Instituto Tricomas como componentes.

A utilização da cannabis medicinal tem sido alvo de muitas discussões dentro e fora do ambiente acadêmico. Seu uso tem sido associado a vários benefícios, especialmente no tratamento de doenças crônicas e graves, como câncer, esclerose múltipla e epilepsia, entre outras. No Brasil, a discussão em torno da cannabis medicinal tem crescido nos últimos anos, e muitos pacientes têm buscado na planta uma alternativa para aliviar seus sintomas.

“A importância de falar desse assunto instigante dentro do ambiente da Universidade é propiciar para aqueles que necessitam de estudos mais aprofundados, necessitam ter os efeitos das pesquisas, e da produção dos medicamentos necessários para doenças que podem apresentar melhora ao paciente com os estudos aprofundados da Cannabis, então evidentemente este é um assunto que faz com que a Universidade fique presente sempre no sentido de que seus pesquisadores possam adentrar nesse mundo e isso possa devidamente ser regulamentado para que as pesquisas possam fluir e a produção desses medicamentos possam ser distribuídas da maneira correta e de uma maneira que todos aqueles que precisam, possam ter acesso”, comentou o reitor da Universidade Estadual do Maranhão, professor Walter Canalles.

“O que faz as pessoas mudarem de ideia é o conhecimento. Conhecimento este que aqui é possível se proporcionar, por isso acredito que a Uema está de parabéns por acolher este debate. O conhecimento que a Uema pode proporcionar, que o meio acadêmico pode proporcionar é algo que podemos estar a frente de uma revolução no que se refere a Cannabis Medicinal que carrega ainda muito preconceito”, comenta Dr. Douglas Martins.

Durante o MeetUp, o público teve a oportunidade de assistir a dois painéis temáticos. O primeiro painel, intitulado “Os desafios legais de acesso à cannabis medicinal do Brasil”, abordou a legislação atual em relação à cannabis medicinal no país e os desafios enfrentados pelos pacientes para obter acesso à planta. Já o segundo painel, “Saúde, sociedade e cannabis medicinal”, discutiu os benefícios dela para a saúde e a importância da conscientização da sociedade sobre o tema.

O segundo painel contou com a presença dos seguintes painelistas: Dra. Thaís Vasconcelos, médica da Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa (SBEC), Dra. Ana Lúcia, médica veterinária com doutorado em Patologia e mãe de criança com TEA, Darly Machado, Conselheira da Criança e Adolescente em São Luís e mãe de jovem com TEA e a Dra. Sandra Freitas, Engenheira Química.