Por: Valdemir Verde, ex-prefeito de H. Campos, atual vereador, aposentado do BB
Hoje, sábado, dia sagrado para as pessoas repaginarem a vida e cuidarem das coisas caseiras, ou seja arrumar a casa, conforme dito popular. Eu particularmente estou fazendo uma, limpeza no meu modesto escritório, limpando gavetas, rasgando papéis e principalmente dando fim e jogando no lixo minha surrada agenda do ano passado, onde se encontrava registrado um monte de coisas boas e ruins, que fiz questão de não ler na despedida, até para evitar lembranças umas desairosas outras nem tanto, enfim, não queria mergulhar no passado. Velha agenda de velhas recordações, que fazem parte da história de um lutador no seu dia a dia em busca de objetivos nem tanto colimados e nem sempre realizados.
São anotações de detalhes vivenciados no ano passado, alguns muito fortes e inesquecíveis, outros apenas simples apontamentos, para não esquecer, tipo compromissos financeiros, fortemente lembrados e relembrados nas páginas passivas da estimada e ora descartada agenda. Amigos, ex amigos, credores, devedores, cobradores safados, cobradores honestos, dívidas vincendas e vencidas, casamentos, batizados, missas e festas religiosas, compromissos diversos, contidos e ocultados nas páginas da minha saudosa agenda.
Engraçado, que hoje estou de quarentena, com toda a minha família, por conta dum tal coronavírus, logo eu que já sofri na infância, adolescência e até na fase adulta com todo tipo de moléstia, que era rotina no Brasil, como malária, sarampo, catapora, tosse braba, tuberculose, papeira, sífilis e outras danações como dor de dente, lombriga na barriga, frieira, bicho no pé e bolo de palmatória, estou incomodado e inconformado com essa reclusão provocada por uma moléstia que veio da China. Ora esse país asiático ficou zangado quando disseram ser o país originário dessa peste, como se fosse novidade países e continentes exportarem doenças contagiosas.
Essas assertivas foram feitas por três cabras machos e amigos, que afirmam a origem desse mal sem meias palavras, eles são ditos malucos mas honestos e não corruptos chamados de Eduardo Bolsonaro Jair Bolsonaro e Trump. Falam mesmo e não ligam para protestos da China, nem beicinhos dos coitadinhos e coitadinhas petistas, tão suscetíveis quando as pessoas falam a verdade. Estamos todos de quarentena e assustados, pela abundância de informações negativas transmitidas pelos poderosos meios de comunicação de massa, que nos obrigam carregar nas mãos e no corpo, todo tipo de antissépticos, na esperança que acabe logo essa peste chinesa.
Como Deus é brasileiro e o papa argentino, por conta dessa fé inabalável do povo sul-americano, rapidinho vamos sair dessa dificuldade, voltando a assistir e curtir nossos jogos de futebol, shopping centeres, corridas de cavalos e todos os tipos de corridas, festas juninas, carnaval e semana santa, não nos esquecendo das eleições que para o brasileiro é uma grande festa.
A fé é tanta que vi na internet uma velha benzedeira, passando o murrão nas costas e em cruz de um homem sentado e contrito, pronunciando um palavreado obsceno, insultando e expulsando a peste, o que me deixou crente que rapidinho essa praga vai passar. Que saudades da minha velha agenda e também da penicilina que doía muito mas segundo a propaganda curava até defunto, o que na verdade foi uma invenção fantástica para tratar doenças diversas e salvar vidas em todo o mundo. Agora chegou a vez dos grandes laboratórios e famosos cientistas descobrirem rapidinho o remédio, para esse midiático mal que vem da China.