Eu tinha um cachorro preto

Eu tinha um cachorro preto (Had a Black Dog) foi o primeiro livro de Matthew Johnstone, publicado na Austrália em 2005. A ideia do livro foi esboçada logo após o trágico evento do 11 de setembro, enquanto vivia em Nova York.

Escrito e ilustrado por Matthew Johnstone

Ao despertar no dia 12 de setembro, percebeu que a vida era curta demais e que não estava vivendo da melhor forma devido a um companheiro indesejável e significativo bem ao seu lado. A depressão tinha entrado e saído da sua vida no o final dos anos 20, quando passou a inventar enormes quantidades de energia para encobri-la.

Mesmo com as pessoas advertindo para que não escrevesse o livro pelo risco de perder seu trabalho e até mesmo amigos, Matthew Johnstone o fez. O autor considera que esta foi uma das melhores coisas que já fez pela sua vida e pela dos outros. Não apenas se libertou, mas permitiu viver uma vida de forma autentica. Considera que a ajudar aos outros ainda é a melhor maneira de se ajudar.

Este vídeo foi criado e publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para ajudar pessoas que sofrem ou conhecem alguém próximo que sofre do “mal do século 21”, a chamada depressão. Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Projeções da OMS estimam que no ano de 2030, entre todas as doenças, a depressão será a mais comum.

O coronavírus e os grupos de risco

Por: Omar Cortez Prado

Muito se têm falado no novo normal que surgirá na pós pandemia do covid19. Pelo que se tem percebido com a abertura de parte das atividades econômicas, entretanto, não haverá um novo normal tão propalado pelos entendidos, aliás, o que se vê hoje são entendidos para todos os lados, entendidos que nada entendem, mas quando surge a oportunidade de se postar diante das câmaras e com toda a pompa, passam a debulhar pseudos conhecimentos em economia, saúde, educação, costumes, etc.

Uma categoria de pessoas que foi estigmatizada como cobaia do covid19, esta sim terá um novo anormal que não se sabe a quantas vai ser possível sobreviver. Trata se das pessoas da terceira idade, com mais de sessenta anos, que foram logo apartados como grupo de risco, não se sabe ao certo se risco para si ou para os outros. Se tornaram rapidinho em hospedeiros e transmissores preferencial do vírus.

A terceira idade que vislumbrou nos últimos tempos um forte incremento na empregabilidade, como irá sobreviver perante uma sociedade extremamente cética?  Diante da presença de um idoso em qualquer ambiente com a presença, digamos, a partir de 10 pessoas, qualquer pigarro, espirro, tosse, que outrora nada significava para os interlocutores, provavelmente será interpretado agora como presença da peste.

Será que a volta ao trabalho será normal ou crucial para o grupo da terceira idade? Há pouco tempo uma categoria preferencial na hora da contratação, não se vê qualquer manifestação do poder público no sentido de estender sua rede de proteção aos que agora não vislumbram quaisquer boas perspectivas no futuro.

O pilão da madrugada

Dona Noca ainda está a espera do seu biografo. Foi a mulher mais dominadora e decidida que conheci. E como mandava… Quando tinha 15 anos, levou-me do Barão a Patos – viagem de dois dias em lombo de burro, que hoje se faz em duas horas de carro – para que passasse lá a festa do padroeiro. Ela admirava minha mãe e transferira ao filho a amizade que as unia.

Fui num comboio de burros que ela própria comandava. No meio da mata, tarde da noite, soou o alarme de ataque. Noca transfigurou-se. Era a líder desassombrada. Em segundos, estendeu o “perímetro de defesa” e cuidou do estado de cada arma e de todos os atiradores. A mim, meteu num buraco, ultraprotegido. No silêncio da noite ninguém se mexia. Não se ouvia outro ruído que não fosse o dos bichos. Felizmente, o rebate era falso, e chegamos em paz a Patos.

Aliás, nessa viagem no comboio de burros, deparei-me pela primeira vez com a generosidade pura, a solidariedade espontânea e desinteressada. No meio da chapada desabitada, ouvi longinquo batido de um pilão, varando a madrugada. Um tropeiro explicou-me o mistério. Três irmãs velhas, a intervalos curtos, faziam, noite após noite, como se pilassem arroz, para que algum viajante extraviado, ouvindo aqueles toques soubessem que ali havia uma casa, onde poderia orientar-se.

*Extraido do livro de Memórias de Neiva Moreira, em depoimento a José Louzeiro, lançado em 1990

Adeus agenda velha, tchau coronavirus

Por: Valdemir Verde, ex-prefeito de H. Campos, atual vereador, aposentado do BB

Hoje, sábado, dia sagrado para as pessoas repaginarem a vida e cuidarem das coisas caseiras, ou seja arrumar a casa, conforme dito popular. Eu particularmente estou fazendo uma, limpeza no meu modesto escritório, limpando gavetas, rasgando papéis e principalmente dando fim e jogando no lixo minha surrada agenda do ano passado, onde se encontrava registrado um monte de coisas boas e ruins, que fiz questão de não ler na despedida, até para evitar lembranças umas desairosas outras nem tanto, enfim, não queria mergulhar no passado. Velha agenda de velhas recordações, que fazem parte da história de um lutador no seu dia a dia em busca de objetivos nem tanto colimados e nem sempre realizados.

São anotações de detalhes vivenciados no ano passado, alguns muito fortes e inesquecíveis, outros apenas simples apontamentos, para não esquecer, tipo compromissos financeiros, fortemente lembrados e relembrados nas páginas passivas da estimada e ora descartada agenda. Amigos, ex amigos, credores, devedores, cobradores safados, cobradores honestos, dívidas vincendas e vencidas, casamentos, batizados, missas e festas religiosas, compromissos diversos, contidos e ocultados nas páginas da minha saudosa agenda.

Engraçado, que hoje estou de quarentena, com toda a minha família, por conta dum tal coronavírus, logo eu que já sofri na infância, adolescência e até na fase adulta com todo tipo de moléstia, que era rotina no Brasil, como malária, sarampo, catapora, tosse braba, tuberculose, papeira, sífilis e outras danações como dor de dente, lombriga na barriga, frieira, bicho no pé e bolo de palmatória, estou incomodado e inconformado com essa reclusão provocada por uma moléstia que veio da China. Ora esse país asiático ficou zangado quando disseram ser o país originário dessa peste, como se fosse novidade países e continentes exportarem doenças contagiosas.

Essas assertivas foram feitas por três cabras machos e amigos, que afirmam a origem desse mal sem meias palavras, eles são ditos malucos mas honestos e não corruptos chamados de Eduardo Bolsonaro Jair Bolsonaro e Trump. Falam mesmo e não ligam para protestos da China, nem beicinhos dos coitadinhos e coitadinhas petistas, tão suscetíveis quando as pessoas falam a verdade. Estamos todos de quarentena e assustados, pela abundância de informações negativas transmitidas pelos poderosos meios de comunicação de massa, que nos obrigam carregar nas mãos e no corpo, todo tipo de antissépticos, na esperança que acabe logo essa peste chinesa.

Como Deus é brasileiro e o papa argentino, por conta dessa fé inabalável do povo sul-americano, rapidinho vamos sair dessa dificuldade, voltando a assistir e curtir nossos jogos de futebol, shopping centeres, corridas de cavalos e todos os tipos de corridas, festas juninas, carnaval e semana santa, não nos esquecendo das eleições que para o brasileiro é uma grande festa.

A fé é tanta que vi na internet uma velha benzedeira, passando o murrão nas costas e em cruz de um homem sentado e contrito, pronunciando um palavreado obsceno, insultando e expulsando a peste, o que me deixou crente que rapidinho essa praga vai passar. Que saudades da minha velha agenda e também da penicilina que doía muito mas segundo a propaganda curava até defunto, o que na verdade foi uma invenção fantástica para tratar doenças diversas e salvar vidas em todo o mundo. Agora chegou a vez dos grandes laboratórios e famosos cientistas descobrirem rapidinho o remédio, para esse midiático mal que vem da China.

Uma história sem começo e fim. O tudo e o nada

Era uma história sem começo
Não tinha sequer era uma vez
Era uma historinha tão banal
Que não tinha sequer um ponto final

Era uma história de heróis
Gênios explicando a vida no universo
Era tão bonito
O homem a sonhar o infinito

Era um ir e vir não acabava mais
De sair do nada e para o nada retornar
E no vai e vem dessa jornada
O tudo era transformado (em quê?) em nada

Era era era uma vez
Só uma vez
A vida a nos levar
De volta para o nada

Voltas da vida
Pra chegar ao simplismente nada

O mistério está todinho aí
De copmo o universo se formou
Os gênios continuaram pesquisando
A obra divina do criador

E por mais que a ciência avance
Não há como explicar o tudo e o nada
Só mesmo a sâpiência ilimitada
De Deus nosso senhor a luz amada

Por: Júlio Braga

A espingarda do meu pai

Não entendo nada de arma de fogo, já que fui acostumado com a peixeira, arma branca que servia para tratar o peixe e cortar outros alimentos, como também era muito utilizada nas brigas de festa e de rua. Ela teve seu período áureo, assim como a cachaça pitu, o relógio seiko 5, a calça de linho belga, o rifle papo amarelo e para não alongar mais, acrescento também a espingarda carregada pela boca. Tempos que se foram sepultando hábitos e modas.

A posse legal de arma ainda está em discussão, mas foi transformada em lei por decisão presidencial, apoiada pela maioria da população e tendo como foco principal o alto índice de criminalidade que tomou conta do País. Como não penso em possuir sequer um canivete, isso não me incomoda, desde que inexistam exageros e tudo seja resolvido de acordo com a lei.

O Brasil encontra-se com os nervos à flor da pele por causa do excesso de corrupção, até porque qualquer corrupção é um excesso e o povo clama por medidas avassaladoras, sem se importar com o tempo de vida do novo governo. A pressa é justificável, tendo em vista a racionalização do tempo, que ficou delimitado pelos meios de comunicação de massa, o que causa uma interação incrivelmente real e rápida.

O mundo realmente mudou ao ponto de não se querer mais saber de coisas tipo filme de bang bang, carnaval de clube, briga de faca, roubo de galinha caipira, desfile de miss, aparelhos de tocar fita e outros. Ora, ninguém pode mais brincar com criancinhas estranhas sob pena de ser confundido com pedófilo ou sequestrador, até casamento que antes se roubava a moça, pra casar, saiu de moda, ficou perigoso e corre o risco de se transformar num sequestro relâmpago.

A convivência humana a cada dia vai ficando mais difícil, acabaram-se as conversas de vizinhos na porta da rua, ou seja, desapareceram os diálogos, a solidariedade e companheirismo. As igrejas, que pregam a religião, parecem ainda ser uma válvula de escape para a fuga da solidão. Televisão, internet, celular foram esses três monstros que tiraram de nós o direito ao colóquio, a inocência e o habito de discutir coisas tão rotineiras como futebol, política e religião. Não temos mais tempo pra isso.

A poesia que antes nos dava o prazer de sonhar, foi dilacerada por esses monstros exterminadores do passado. Mas nunca vou esquecer da triste espingarda do meu pai, que vivia isolada num certo local da casa e como instrumento de caça anualmente disparava um tiro numa robusta juriti que assada e saboreada pelas crianças, causava uma grande satisfação.

Até isso está esquisito, caçar uma juriti dá prisão. Por reconhecimento e sem desprezar as coisas boas que os monstros modernos trouxeram, rendo-me aos poetas pela pureza dos seus versos e também faço uma homenagem à velha espingarda do meu pai, que dá saudades em relação ao modernismo e utilização de armas mortíferas hoje existentes, causadoras e estimuladoras da criminalidade.

Por fim quero também homenagear a natureza através da juriti que Castro Alves destaca em poema ao dizer pro caminheiro não perturbar o escravo ali sepultado, que o deixasse em paz a dormir sozinho e que não precisava dele porque a “juriti, do taquaral no ramo povoa soluçando a solidão”.

Por: Valdemir Verde
Vereador, ex-prefeito de Humberto de Campos, aposentado do Banco do Brasil
E-mail: [email protected]

Coronavírus – COVID19

Estamos vivenciando um quadro nebuloso da saúde mundial com o alastramento do vírus apelidado de coronavírus e COVID19, pelo mundo. Nos últimos dias a questão sanitária começou a emitir alguns sinais positivos de controle com o recuo na China e início de pesquisas sendo realizados por muitos cientistas e laboratórios ao redor do mundo.

Não devemos entretanto imaginar que resolvendo-se a questão sanitária iremos entrar imediatamente em estado de bem estar. Preocupa-nos a situação econômica que já sofreu muito desde o início da crise humanitária. As bolsas de valores despencaram em diversos países, chegando a acumular uma perda de 40% nos últimos 30 dias.

No caso brasileiro só tivemos paralelo nos primeiros meses de 20016, quando o IBOVESPA recuou a 40.000 pontos, equivalente 6 bilhões de reais em negócios diários. Há aproximadamente 30 dias chegamos a 117.000 pontos, com 50 bilhões de reais negociados. Sexta ferira dia 20, o indíce fechou aos 67.000 pontos com 29 bilhões de reais negociados.

Nossa situação hoje, teoricamente, é bem melhor do que em 2016, porque naquela ocasião o Brasil estava lutando sozinho contra uma grave crise de credibilidade e hoje inúmeras nações vivem uma situação idêntica, o que faz com que todos participem do esforço de recuperação em tempo de globalização da questão sanitária.

Acho que o Brasil deu um passo a frente nesse fim de semana ao conseguir reunir todo o seguimento do setor produtivo, para manter o abastecimento nos próximos meses, quando se imagina que a crise tenha arrefecido.

Vamos aguardar

 

Terraplanismo

A idéia disseminada de que a terra é redonda nasceu há alguns séculos A.C com Sócrates, Pitágoras e outros filósofos. Na idade média, entretanto, por volta do XVIII, impulsionado pelas teses do iluminismo, surgiu um movimento de filósofos e historiadores em defesa da crença da terra plana.

Muito embora atualmente cientistas contestem com veemência a existência da terra plana, nasce uma corrente com idéias revolucionárias de defensores dessa tese. O que se prega hoje com argumentos bem objetivos é a existência da terra plana.

Os terraplanistas, como assim se denominam, apresentam muitos elementos de prova em contrapartida aos subjetivismos dos filósofos da idade antiga. Os tráfegos aéreo, marítimo e
terrestre, trazem elementos de prova balizadores da crença da terra plana.

Desenvolvimento

Há quase 09 anos, em 13 de abril de 2011, foi divulgado pela Consultoria McKinsey Global Institute, de que das 600 cidades que mais cresceriam no mundo até o ano de 2025, 19 seriam brasileiras e entre essas pontificava a cidade de São Luís (MA).

Antes de supostas especulações iniciei uma pesquisa sócio-econômica para apuração detalhada. Inicialmente verifiquei que a ilha de São Luís tém uma população de 1.600.000 hab. aproximadamente e que a influência geo-econômica da capital atinge um contingente de 2.500.000 pessoas, 1/3 da população do Estado do Maranhão.

Verifica-se também que a arrecadação do ISSQN em 2018 da cidade de São Luís é o quinto das regiões norte/nordeste, atrás apenas de Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza ((fonte FNP – Frente Nacional de Prefeitos). O ISSQN como se sabe é o principal verificador do desenvolvimento de uma região porque mede a prestação de serviços de profissionais liberais, atividades artísticas/culturais, serviços de hotelaria, outros serviços de variedades diversas, além e principalmente da construção civil (fonte FNP)

É nesse cenário macroeconômico que se destaca as artes, literatura, ciências, esportes, cultura, turismo e desenvolvimento, compondo um ciclo histórico a ser estudado com parcimônia. A partir do próximo número de O Historiador, iremos detalhar minuciosamente esses acontecimentos dentro das suas respectivas áreas de atuação.